
Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...
Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.
Chico Buarque de Holanda
Um comentário:
Karamba! Que ótimo texto!!!
Ricardo, você me lembrou um filme e uma peça teatral.
No filme (Turista Acidental ) o personagem diz para a garota, que o pressiona para casar, que casamento seria apenas para uma minoria, porque poucos se encaixam suficientemente bem para que um enlace não se transforme em suicídio amoroso. A peça é Sou Infeliz Mas Tenho Marido, cujo título é auto explicativo.
Seu blog foi uma surpresa da mesma forma que foi seu ultimato de cinco longos dias no que posso considerar um presídio. Mas amanhã estou livre, leve e solta.
Um abração, Ju
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